segunda-feira, 15 de abril de 2013

Chuva

Uma chuva torrencial
em uma tarde de verão
mesmo algo tão singelo
traz um tanto de emoção

Traz no sorriso a lagrima
traz a saudade ao coração
me lembro muito bem
nessa chuva de verão

De toda brincadeira
do riso e afeição
me lembro de tudo isso
nessa chuva de verão

Lembro das conversas
de toda a diversão
com saudosismo lembro de tudo
nessa chuva de verão

E com um vago olhar
mantenho a saudade sem razão
pois gostaria de estar ao seu lado
nessa chuva de verão

Crises de ti


As vezes ela vem e me desarma
me aflige e desalma
é o maior e único trauma
é a saudade, que me volta ao olhar

É a saudade que palpita o coração
que quebranta a razão
que embaça a visão
e que desequilibra o andar

Aquela saudade que nos mata
que nos perde e resgata
que nos deixa na ponta da faca
e nos desorienta, sem saber por onde começar

Essa saudade que atormenta
um crime que me tenta
e que meus polos desorienta
mas até que essas crises de ti, vem bem a calhar.

Eles não queriam!





Eles não queriam lutar!
Eles não queriam destruir famílias!
Eles queriam ver de novo seus filhos e filhas!
Eles não queriam espalhar sangue pela terra!
Eles não queriam mais aquela guerra!
Eles não queriam lutar!
Eles não sabiam nem mais o por que de continuar!
Mas mesmo assim, eles continuaram a lutar.





Um sonho a ser vivido

Pensei em levantar
mas depois desisti
imóvel na cama
voltei a dormir

E no mundo dos sonhos
da fantasia e imaginação
vi o inconcebível
me estender a mão

E me levou por ai
ao mundo das metáforas
a realidade das alegorias
e da sanidade escassa

Me apresentou o impossível
e o insano, seu irmão
e me ensinou algo incrível:
Eles não lutavam em vão.

Cada sonho lutava
usando até as ultimas forças de seu coração
- Não abandone seus sonhos
Pois mesmo insanos, são tua própria razão

Eufemismo

A vida é a mais longa das vaidades
a mais bela das beldades
a mais feia das aberrações
a mais incerta das variações

A mais longa das esperas
a mais forte das entregas
Da mais frágil natureza
e da mais rica nobreza

No fim das contas,
a vida não passa de um largo
riso efémero.

Quem?

Quem roubou as estrelas de mim?
Quem me as usurpou enquanto dormia?
Quem zombou de meu sangue carmim?
Quem roubou o que eu mais queria?

Quem me iludiu com mentira?
E pós em minha boca essas falsas palavras?
Quem me pôs ideias cretinas
dentro de minha mente enjaulada?

Pergunto ao espelho a resposta
e penso se ela é dura ou não
Quando ouço me viro de costas
Eu mesmo causo tamanha perseguição.